Brasil lidera ecossistema de startups na América Latina


O Brasil está se consolidando como líder do ecossistema de startups na América Latina , segundo o Global Startup Ecosystem Report 2024 , elaborado pela organização americana Startup Genome. O relatório, que avalia fatores-chave como desempenho, número de fundos de investimento e abrangência de mercado, coloca o Brasil na 26ª posição no ranking global , destacando-se como um player-chave no cenário empreendedor internacional. 

O Brasil está se consolidando como principal referência no ecossistema de startups na América Latina, destacando-se pelo dinamismo e inovação. Segundo o Global Startup Ecosystem Report 2024, o país ocupa a 26ª posição no ranking mundial, com cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis na vanguarda do empreendedorismo.

“O Brasil lidera pelo seu grande mercado de 220 milhões de pessoas e por ser um país com alta adoção antecipada de tecnologias. Os brasileiros são muito abertos à inovação, o que facilita a rápida aceitação de novas startups e produtos. Esse ambiente favorece a escalabilidade e atrai investimentos, incluindo fundos corporativos e anjos, consolidando o Brasil como líder na América Latina”, afirma Junior Rodrigues – CEO do Hub Conecta e presidente da ALAS 2025 (Latin American Startup Alliance).

O relatório destaca São Paulo como a cidade com maior valor dentro do ecossistema de startups na América Latina, abrigando 11 unicórnios. Além disso, destaca o Porto Maravalley , localizado no Rio de Janeiro, como o principal hub de inovação do Brasil, um espaço que reúne tanto startups quanto grandes empresas de tecnologia, consolidando-se como um epicentro fundamental para o desenvolvimento e crescimento do setor no país.

Marco legislativo do ecossistema no Brasil 

Do ponto de vista legislativo, o Brasil tomou medidas decisivas para regulamentar e fortalecer seu ecossistema de fintech. Em 2018, o Banco Central do Brasil permitiu que essas empresas oferecessem empréstimos diretamente, sem a necessidade de intermediários bancários, e no ano seguinte aprovou um marco regulatório para a implementação do open banking no país. Essas iniciativas foram fundamentais para consolidar o sistema financeiro brasileiro.

Da mesma forma, o Brasil conta com o Marco Legal das Startups , regulamentação aprovada em 2021 cujo objetivo é promover o desenvolvimento do ecossistema empreendedor no país. Além disso, o Brasil implementou um 'sandbox' regulatório nacional , um espaço de testes onde entidades autorizadas pelo Banco Central podem experimentar projetos financeiros inovadores. Entre as regulamentações mais recentes, destaca-se a Lei Bitcoin , que regulamenta o uso de criptomoedas no país.

No entanto, essas melhorias ainda não são suficientes. “Este ano, vamos focar em encontrar formas de investir não só em startups do Brasil, mas também em países parceiros, já que atualmente os recursos disponíveis no Brasil só podem ser investidos em startups locais, o que limita nossa competitividade internacional. Um dos principais desafios será atuar nessa área, já que a legislação e a regulamentação no Brasil estão atrasadas em relação a outros países”, afirma o presidente da ALAS 2025 (Latin American Startup Alliance)

Desafios do ecossistema 

Startups que buscam crescer no país devem estar preparadas para enfrentar uma série de desafios. Isso inclui burocracia e regulamentação , pois o processo de registro de uma nova empresa pode ser longo e caro, e a conformidade com as regulamentações tributárias e trabalhistas pode ser um obstáculo considerável para startups estrangeiras. 

“Historicamente, o Brasil tem a mentalidade de que, por ser um mercado grande, não precisa de alianças ou investimentos externos, mas essa abordagem está mudando para uma visão mais global. Outro desafio importante é dar suporte às startups que receberam uma primeira rodada de investimento e agora precisam de mais capital, principalmente em um contexto de juros altos que estão levando os investidores a focar nos mercados tradicionais em vez das startups”, acrescenta Junior Rodrigues.

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