O novo acordo entre parques tecnológicos prevê que startups paraenses acessem benefícios, como a possibilidade de expandir seus negócios para regiões de influência, através da inovação aberta (open innovation).

Com início das ações em Portugal, a parceria visa incentivar a inserção de startups no mercado europeu para fomentar a inovação e o empreendedorismo, por meio do intercâmbio de empresas, possibilidade de captação de recursos no exterior e suporte a negócios.

Vantagens para startups
  • Expandir os negócios para regiões de influência Utilizar inovação aberta (Open Innovation)
  • Facilitar a internacionalização de ideias
  • Desenvolver projetos por meio da colaboração
De acordo com Heraldo Ourem, diretor de Inovação e Competitividade Empresarial do Porto Digital (Portugal), a parceria irá oferecer acesso a infindáveis fontes de financiamento.

“O Porto Digital Europa é uma estrutura de 2 mil metros quadrados, com 200 pontos de trabalho, e está situado em Aveiro, Portugal. A localização permite o acesso privilegiado para quem trabalha com a comissão europeia e recursos do fundo europeu, por exemplo, entre outras oportunidades infinitas”, afirma o diretor.


Como funciona

“O Porto Digital é o maior parque lotado no Brasil e possui escritório em Portugal. Só o fato de termos uma cooperação com eles é importante para entendermos as estratégias de funcionamento e crescimento. Por meio da assinatura do contrato, as empresas do PCT terão acesso a um ponto de apoio na Europa, então se um empresário nosso quiser fazer negócios no mercado europeu, ele já vai ter um escritório disponível para operar”, detalha Rodrigo Quites, diretor-presidente da Fundação Guamá, organização gestora do PCT.

Segundo Bonifácio Sena, supervisor da Gerência de Empreendimentos Inovadores (GEI) da Fundação Guamá, o acordo é uma forma de impulsionar a internacionalização de iniciativas do PCT Guamá, que já possui projetos com o mercado externo desde 2019.

"Queremos ampliar a visão da Europa sobre o nosso país e mostrar que, aqui no Brasil, temos ciência e tecnologia capazes de fazer frente e de entrar em parceria com esses grandes centros tecnológicos. A ideia central é que tenhamos a possibilidade de projetar o nosso hub de empresas, principalmente as residentes, para o mercado internacional", afirma.

O documento foi assinado durante o Amazônia Tech: Conferência Pan-Amazônica de Ciência e Tecnologia, evento realizado no complexo no mês passado. Além do PCT Guamá, outros seis parques tecnológicos do Brasil fazem parte do projeto. O acordo conta com validade inicial de cinco anos e pode ser renovado mediante avaliação, no qual as partes envolvidas irão assumir os custos das atividades e garantir o cumprimento das legislações de proteção de dados, como a LGPD e o GDPR.

Benefícios

A inserção das empresas no mercado europeu traz diversos benefícios, como:
  • o acesso a um ambiente regulatório estável com mais de 500 milhões de consumidores;
  • e a conexão com ecossistemas empresariais e tecnológicos de alto nível de desenvolvimento.

“Portugal quer se posicionar como o principal portão tecnológico para entrar na Europa ocidental”, diz Bonifácio.

“O país tem criado processos seletivos criteriosos para projetos que querem fixar negócios no local. É através deles que é possível conseguir visto, benefícios sociais e entrar com recursos não reembolsáveis”, explica. De acordo com Bonifácio, a parceria é estratégica pois permite que o PCT Guamá projete suas iniciativas para o mercado internacional, além de possibilitar que o complexo também receba projetos do Porto Digital no espaço físico em Belém, o que, segundo ele, é um grande passo para o desenvolvimento tecnológico da Amazônia.

A iniciativa é uma parceria entre o Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, o Núcleo de Gestão do Porto Digital Europa (NGPD), em Portugal, e a Associação de Desenvolvimento Criativo (APDE), assinaram um acordo de cooperação.

Agência Pará